Investimento em construção caiu 12% no Chile
07 January 2021
A pandemia afetou fortemente a construção no Chile. Assim informou a Câmara Chilena da Construção (CChC) ao estimar que o investimento total no setor se contraiu 12,2% interanuais em 2020, número que não se observava havia mais de três décadas.
“Em julho, registramos mais de 900 projetos residenciais paralisados, com o que 120 mil moradias estiveram sem execução. Além disso, em outubro, a venda de moradias acumulou uma contração de 39%, uma das cifras mais baixas registradas desde a crise asiática. E em matéria de infraestrutura, embora o impacto tenha sido menor, no inÃcio de maio contabilizamos mais de 200 projetos com dificuldade para se desenvolverâ€, afirmou Antonio Errazuriz, presidente da CChC.
Esta situação afetou não apenas as construtoras, mas toda a cadeia produtiva do setor, desde fabricantes de materiais de construção até pequenas e médias empresas dedicadas a prestar serviços como alimentação, limpeza e segurança para as obras.
A CChC comenta que o panorama começou a variar positivamente no final de 2020, à medida em que foram se reduzindo as quarentenas massivas e com a retomada das obras. “Neste processo, nossa associação, as empresas do setor e seus trabalhadores tiveram um papel muito importante, mudando de hábitos e ponto em prática medidas para prevenir contágios, com base num Protocolo Sanitário que começamos a implementar 20 dias depois da chegada do vÃrus ao nosso paÃs. Graças a isso hoje somos um setor seguro e que terá papel chave na reativação da economia e na recuperação do empregoâ€, agregou o dirigente.
Para este ano, a CChC espera que o investimento total em construção cresça 8,1%, “devido à menor base de comparação, à s medidas de estÃmulo ao investimento público e à s melhores expectativas de investidoresâ€.
Projeções para a Infraestrutura
No que diz respeito à infraestrutura, a CChC prevê para 2021 uma alta de 8,7% na comparação com 2020 (contra uma queda de 10,4% no ano passado), tanto pelo efeito estatÃstico como pelo retorno do investimento produtivo (11,8%) e de obra pública (5,1%).
Este último número considera 80% de execução do orçamento para obras de infraestrutura pública aprovado para este ano, que tem um aumento histórico de 43%.